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Situação caótica na Saúde de Quatro Marcos que perdura por longos anos pode estar com os dias contados


A secretária municipal de Saúde, Valquíria Plaqui Maldonado, foi atenciosa e informou que na quarta-feira, após o feriado de carnaval, vai sentar com a equipe para definir algumas situações. “Antes disso, não tem como adiantar o que será definido. Peço a compreensão por enquanto”, disse ela.

Situação caótica na Saúde de Quatro Marcos que perdura por longos anos pode estar com os dias contados

Uma prática que vinha sendo utilizada ao longo dos anos pode estar com os dias contados em São José dos Quatro Marcos. Na última sexta-feira, 17, nas redes sociais estavam sendo debatidos temas ligados ao transporte público de pacientes para atendimento de exames e consultas em Cuiabá. Na Câmara de Vereadores a questão da idade do ônibus e suas condições de trafegabilidade já chegou a ser comentado na segunda sessão legislativa do ano.

Ao ver as fotos, uma internauta escreveu: “parece mais um ônibus transportando carga. Peço a Deus pelo motorista e pelos pacientes”. O ônibus de transporte de pacientes estava abarrotado de caixas de produtos para a prefeitura. Em uma das caixas dá para ler a citação “saúde”, já que pacientes não podem transportar bagagem daquela forma.

O que chamou a atenção dos internautas foram as condições dispensadas ao motorista, tanto por parte da prefeitura quanto de alguns pacientes. Segundo um funcionário, o motorista levanta uma hora da manhã e só retorna ao município por volta das 23 horas. “Não tem descanso em Cuiabá. Ele deixa os pacientes nos locais de atendimento, marca o ponto de retorno e vai fazer ‘os corre’ na capital para pegar compras, protocolar documentos e tudo mais. Não tem hora de descanso”.

Uma paciente também comentou o esforço do motorista. ”Ele é um herói. Ir em Cuiabá e voltar no mesmo dia já é cansativo, imagina ainda ter que passar o dia fazendo coleta de compras e se preocupando com pacientes que desobedecem às ordens de espera no local combinado. Ele fica ligando com uma paciência danada”.

Outro paciente, que é motorista, disse que o correto era ter dois motoristas. Um descansava em quanto o outro fazia a coleta das mercadorias e de pacientes. “Mas o correto mesmo é as empresas de Cuiabá que ganham licitação entregar os produtos na prefeitura, e não a prefeitura ter que ir buscar”, acrescentou.

Ao ouvir a opinião de um profissional ele disse que “a viagem é cansativa, estressante naquele trânsito de Cuiabá, e há pacientes que não atendem telefone e vão passear, o micro-ônibus já está velho para a linha e ainda faz três viagens por semana. O veículo, toda vez que chegasse, teria que ir para a oficina passar por revisão”, disse um mecânico.

 

O OUTRO LADO

Conforme informações da coordenadora da Atenção Básica do município, Mayara Aparecida Pereira Pacheco, a obrigação de entregar os produtos na prefeitura é de competência das empresas. “Porém o prazo que eles (empresas) me pedem eu não consigo esperar, por que não tem insumos nos PSF. Então, a única solução por enquanto seria essa. Mas já vamos ver para mudar isso”, disse ela acrescentando que é uma situação difícil porque a secretaria não pode ficar numa situação de espera dos produtos para atender os PSFs.